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São Paulo,02/05/2024

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      A marca de Caim

      O que sabemos sobre isso ?


      A marca de Caim

      Após assassinar seu próprio irmão, Caim teve medo de que o matassem por vingança. O homicídio, até então, não havia sido relatado na Bíblia e pelo que podemos constatar, era imperdoável.

       

       

      Caim atesta em sua defesa, dizendo:


       “É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada.” (Gênesis 4:13).


      Feito transeunte, andou errante, fugitivo, amaldiçoado por Deus que afirmou, em outras palavras, que a terra que recebeu o sangue de Abel agora não entregaria sua potência frutífera a Caim.

       

       

      Clamando, este rogou, protestou que seria morto por retaliação quando descobrissem de seu crime. O suposto "vingador" poderia ser Adão ou qualquer outro de seus irmãos.


      “O Senhor, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse.” (Gênesis 4:15). 


      Pôs o Senhor uma marca. Um sinal. O indicativo que a Bíblia não diz exatamente qual era, apesar da cultura pop e do coletivo imaginário tentar estabelecer uma figura para isto, é correto afirmar que as informações não passam de especulação. 

       


      No entanto, este é um tópico importantíssimo para pontuarmos sobre a história da humanidade porque, no decorrer dos séculos, exegeses das mais variadas se espalharam, taxadas de verdades absolutas.


      A pior delas, e quem sabe a mais famosa, confabula que o sinal de Caim era a mudança na cor de sua pele. De clara para escura. De branco para negro. Ele teria, em termos mais cognoscíveis, “tornado-se” negro por uma maldição.

       

       

      Absurdo, não?


      Evidentemente, esta é uma hipótese agressiva e racista pois nos leva a crer que Caim foi discriminado segundo a sua cor, além de não conter a menor justificativa bíblica.

       

       

      Mas, acredite se quiser, tal possibilidade foi propagada na Idade Média e utilizada como tentativa de “defender” a escravidão, feita de argumentos como "pessoas de pele escura descendem de Caim, portanto Deus quer que sejam punidas”.

       


      Novamente, asseguramos que essa teoria é insensata. Não passou de um pretexto para que a maldade humana defendesse sua crueldade racial; e toda a descendência de Caim pereceu no dilúvio dos tempos de Noé, consequentemente não existiriam negros se este fosse o caso. 

       


      Mas então o que sabemos sobre a Marca?

       


      1) servia de proteção para que as pessoas, ao vê-lo, não fizessem justiça com as próprias mãos;


      2) não o proibia de casar e ter filhos, apenas de não ser assassinado;


      3) e estava primordialmente associada a Caim visto que a Bíblia não entrega registros de que era um sinal hereditário, ou seja, não foi transmitida aos filhos por meio do DNA.

       

      Remanescente a isto, nos resta somente o mistério.




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